Coleção EEVD - Escala de Exposição à Violência Doméstica

EEVD: Escala de Exposição à Violência Doméstica

A EEVD: Escala de Exposição à Violência Doméstica é um instrumento psicológico multidisciplinar criado para avaliar, de forma precisa, o grau de exposição de crianças e adolescentes à violência conjugal e doméstica. Trata-se de uma ferramenta essencial para profissionais da atenção psicossocial.

Para que serve a EEVD?

A escala investiga diferentes aspectos da experiência de vitimização doméstica, organizados em seis subescalas:

• Violência conjugal

• Gravidade da exposição

• Envolvimento direto em situações de violência doméstica

• Exposição à violência na comunidade

• Fatores de risco

• Outros tipos de vitimização

Essas dimensões permitem ao profissional compreender a complexidade da vivência de violência e orientar ações terapêuticas, preventivas ou protetivas.

Em quais contextos pode ser utilizada?

A EEVD pode ser aplicada em contextos como:

• Centros de atenção psicossocial (CAPS)

• Serviços de proteção à infância e juventude

• Consultórios e clínicas psicológicas

• Escolas e ambientes educacionais com suporte psicopedagógico

• Ambientes institucionais e assistenciais

A escala é voltada a profissionais de nível superior da área psicossocial, e não exige formação exclusivamente em Psicologia.

Qual é o público-alvo?

• Crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos

• Que apresentem sinais ou suspeitas de exposição à violência doméstica

Como funciona a aplicação?

• Aplicação individual

• Tempo livre para preenchimento, respeitando o ritmo do participante

• A presença de vínculo e ambiente acolhedor são fundamentais para garantir a fidedignidade das respostas

Como é feita a avaliação?

A avaliação é feita em dois níveis:

• Quantitativa: soma das pontuações de cada subescala, seguida da consulta à tabela de pontos de corte

• Qualitativa: análise das condições sociodemográficas e contextuais do avaliado, realizada pela equipe técnica

Os resultados devem ser discutidos em equipe multidisciplinar, respeitando a complexidade e a delicadeza do tema.

Quais são os diferenciais?

• Permite avaliar diferentes formas e intensidades de violência

• Instrumento adaptado à realidade brasileira

• Utilizável por profissionais de diversas áreas: psicologia, serviço social, pedagogia, psiquiatria etc.

• Auxilia no encaminhamento e planejamento de intervenções clínicas e sociais

• Proporciona um olhar integrado entre sofrimento psíquico, contexto familiar e fatores de risco

Antonio Augusto Pinto Junior

Psicólogo, Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvi- mento, pós-doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo. Professor Associado do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Polo de Volta Redonda. Coor- denador do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Infância e Adolescência (LEPIA).
 

Leila Salomão de la Plata Cury Tardivo

Psicóloga, Doutora em Psicologia Clínica, Livre-docente em Psicopatologia pela Universidade de São Paulo. Professora Associada do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, coordenadora do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clínica Social (APOIAR).